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domingo, 10 de março de 2013 //
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Oi, gatos e gatas do
meu Brasil!
Este é mais um espaço
de emagrecimento saudável rolando na internet, escrito por mim com
muito prazer! ♥
Queria começar explicando pra vocês um pouquinho sobre mim e sobre a escolha do nome do blog.
Queria começar explicando pra vocês um pouquinho sobre mim e sobre a escolha do nome do blog.
Meu nome é Débora,
tenho 20 anos e sempre fui gordinha. Na casa da minha avó, desde a
época da minha mãe, a gente foi criado com aquela teoria de que
“criança saudável é criança cheinha”, sabe? Por isso, eu
sempre cresci tendo que comer tudo que coloquei no prato, sem deixar
um farelo. Acho que todo mundo que é meio gordinho tem noção do
drama que é: quando a gente começa a crescer, a gente passa a reparar
nas diferenças do nosso corpo, compará-lo com o dos amigos e, às
vezes, passamos também a ter vergonha dele. Naquela fase, a gente não
consegue ainda entender aquilo que todos os adultos falam, que beleza
é relativa e cada um é bonito da sua maneira. A gente acha que
isso tudo é baboseira. No fim a gente queria mesmo era deixar de ser
aquela gordinha zoada que sempre perdia no Polícia e Ladrão porque
não aguentava correr direito. (Ou que ficava de guarda na cadeia! XD
História da minha vida.)
Desde os doze anos, não
tive mais coragem de entrar em um biquíni! Resolvi que o meu negócio
agora era maiô: era mais confortável e dava aquela sensação de
que ninguém ia perceber que no fundo você não queria mesmo era que
todo mundo visse aquela sua barriga branquela. Eu sempre fui aquela
gordinha amiga, que tava lá pra dar conselhos, era super legal e
simpática, andava com os meninos, mas que nenhum deles queria pra
namorar. EU ERA A BROTHER, GENTE. É muito drama! hehehe.
Mas tudo isso era
também consequências das minhas ações. Por ter vergonha do meu
corpo, eu não tinha autoestima alguma e também não fazia questão
de me arrumar e de me mostrar como mulher também. Não é isso de
“ui ui, tem que estar sempre arrumada pra pegar os machos”; a
questão é que mesmo quando eu caprichava, eu não tinha a mínima
confiança de que estava legal, que tava bonitinha, e não conseguia
mostrar também esse meu lado pros outros. Sempre acreditei que para eu me
achar bonita, alguém precisava primeiro, e não o contrário. Eu
achava que pra ser bonita precisava ser magra, precisava ficar
perfeita em qualquer tipo de roupa, etc etc, aquela neura toda que
todo mundo tem.
Quando acabou o Ensino
Médio, fui passar um tempo morando nos EUA e desencanei disso tudo.
Eu me esforçava para ficar apresentável para o trabalho, e isso
começou a ser uma coisa natural pra mim. Emagreci um pouco também,
mas não deixei de ser cheinha. Eu comecei a ter prazer em me
arrumar, e comecei a perceber que “pô!, eu até que tinha umas
coisas bonitas em mim também, cara!”. Nessa época eu fiquei mais
confiante, também comecei a namorar... Eu me sentia bonita e feliz
com o meu corpo! Mas sem usar biquíni, claro. Porque biquíni não
podia, biquíni já era abusar demais do amor próprio! Biquíni era
falar pro meu corpo e pra todo mundo em volta dele “Tá vendo, véi?
Você é gato demais, te amo e te aceito e não tô nem aí pro que
os outros pensam desses seus pneuzinhos aí!”
Deixa eu falar para
vocês... Antes de este ser um blog a favor de reeducação alimentar
e emagrecimento, ele é um blog de imagem corporal positiva. É sobre
se construir e se amar, não importa em qual forma você estiver,
quanto você estiver pesando ou o que você estiver vestindo. Eu acho o
corpo da mulher a coisa mais linda! Homens, foi mal, mas mulher é um
bicho bonito! Eu amo curvas, acho lindas as mais cheinhas, as mais
magras... Mas acima de tudo, eu acho linda toda e
qualquer mulher confiante, que têm orgulho do seu corpo e usa aquilo
que bem entender, e que a se faz sentir bem. Eu percebi que ainda tenho
um longo caminho a andar para conquistar isso por mim mesma e esse é
o principal motivo pelo qual eu resolvi criar este espaço. Foi só
eu recuperar os quilos que tinha perdido para perceber que não, eu
não era tão confiante assim.
Mudar da alimentação
gorda para a magra foi minha escolha porque percebi que era desta
maneira que eu conseguiria me sentir melhor, mas não é por aí que
desejo parar. Desisti de querer ver apenas o resultado no meu corpo.
Escolhi o processo mais lento, dando passos mais curtos, para que
pudesse ver esta mudança ocorrendo de dentro pra fora. Eu ainda não
tenho coragem de tacar um biquíni no corpo e ir para o clube. No dia
em que eu tiver, quero que isso não seja reflexo apenas do meu
corpo, mas de todo o caminho percorrido. Espero aprender muito
escrevendo aqui e também ajudar aquelas pessoas que buscam o mesmo
que eu. Vamos todas nos orgulhar de entrar em um biquíni e exibir
os corpos que tanto amamos por serem um reflexo daquilo que
somos, e não daquilo que aparentamos ser. ;]
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